Francisco Buarque de Hollanda
Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944
A música entrou na vida de Chico pelas ondas do rádio, que adorava ouvir quando criança. Tinha até álbum de recortes com fotos dos cantores da época. No período em que viveu com a família na Itália, nos anos 50, o gosto pela música foi acentuado pelas visitas de um certo diplomata de nome Vinícius de Moraes, que se sentava ao piano de sua casa e tocava em companhia de seus pais.
Compositor, intérprete, poeta e escritor, Chico Buarque é referência obrigatória em qualquer citação à música brasileira a partir dos anos 60. Retratando temas que vão da política ao universo feminino, suas obras são ricas em requinte melódico, harmônico e poético. Sua influência é decisiva em praticamente tudo que aconteceu musicalmente no Brasil nos últimos quarenta anos.
“Acho que foi o Stravinski que disse que existe o compositor e o inventor. A princípio todo mundo poderia ser compositor. Agora inventor seria aquele que a gente reconhece assim que escuta uma parte da música. Possui uma assinatura, uma caligrafia própria... O Chico é inventor.”
Edu Lobo